O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) se posiciona contra o Ensino da Medicina Veterinária à Distância. A instituição reforça que o ensino, o aprendizado e a prática profissional exigem conhecimentos extremamente técnicos, que tem como base fundamental aulas práticas.
O ensino EAD pode trazer problemas sociais, econômicos e políticos, pois, entre outros motivos, os médicos-veterinários formados são responsáveis pela sanidade e manejo animal. A falta de conhecimento, pode, por exemplo, trazer prejuízos econômicos com o aumento de zoonoses.
A importância do ensino presencial é demonstrada quando verificamos dados. Dos 474 cursos homologados de Medicina Veterinária, 459 são presenciais e ofertam 68 mil vagas. Os cursos de EAD são 15, com 24 mil vagas autorizadas. O Enade 2019 analisou 215 cursos do total e apenas 16 conseguiram nota 5, mesmo sendo presenciais.
Acreditamos ainda que, para que o MEC homologue novos cursos, é necessário seguir padrões técnicos para que não sejam formados profissionais de má qualidade e tragam riscos à nossa sociedade e animais.
O CRMV-CE não é contra o avanço das novas tecnologias, mas defende que seja revogada a Portaria MEC nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019, que estabelece o percentual de até 40% de oferta de carga horária na modalidade a distância nos cursos presenciais. O Ensino da Medicina Veterinária deve ser, em sua totalidade, presencial. É necessário, para o bem-estar de nossa profissão e profissionais contarmos com curso de 6 mil horas presenciais e o último ano de estágio profissional na área de escolha do estudante.
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