Descrita pela primeira vez em 1974, em estudo do psicólogo alemão Herbert J. Freundenberger, a Síndrome de Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, se caracteriza por um excesso crônico de estresse ocupacional que leva à exaustão emocional e física, além da redução da capacidade pessoal.
Esse transtorno não consta no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), mas no Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), recebendo a classificação Z730 — Esgotamento, presente dentro da categoria de Problemas relacionados com a organização do modo de vida (Z73).
*Doença no Brasil*
De acordo com a International Stress Management Association, a doença afeta 32% da população brasileira, sendo o segundo país do mundo com mais pessoas afetadas. São 30%, dos cerca de 100 milhões de trabalhadores.
*Sinais e sintomas de Burnout?*
A Síndrome citada é um transtorno de difícil diagnóstico que vem atingindo, cada vez mais, pessoas, inclusive médicos-veterinários e zootecnistas.
Depressão, esgotamento físico e mental, sentimento de incapacidade e até pensamentos suicidas são alguns dos indícios dela, que se caracteriza por um estresse devastador, extremo, superior à capacidade pessoal de lidar com questões do dia a dia de modo eficiente e é relacionado exclusivamente ao trabalho.
O Burnout pode provocar outros sintomas mentais e físicos, entre eles a sensação de esgotamento físico e emocional; absenteísmo; oscilação de humor; ataques de ansiedade; dificuldade de concentração; depressão; dores de cabeça frequentes; palpitações cardíacas; dores musculares; distúrbios do sono; diminuição da libido e impotência sexual; e sudorese.
*Diagnóstico*
O diagnóstico de Burnout deve ser feito por profissionais especializados e qualificados em saúde mental, levando em consideração todo o contexto laboral do indivíduo e o resultado de avaliações psicológicas. O mais importante é estabelecer a relação entre os sintomas e o trabalho. Caso observe indícios da doença, não hesite, procure um psicólogo ou psiquiatra. A sua saúde é o que há de mais importante.
*Como lidar com a doença*
Em uma crise aguda, é necessário realizar uma mudança brusca na rotina para dar ao corpo e à mente um momento de descanso. É essencial que o acometido tire férias, faça uma viagem com a família ou com os amigos e invista em momentos de relaxamento. Durante o descanso, fica mais fácil estabelecer novos hábitos de vida e incluir atividades prazerosas na rotina diária.
As mudanças na rotina são as principais formas de prevenir a Síndrome de Burnout. É importante manter um equilíbrio saudável entre a vida pessoal e profissional, priorizando um tempo para o lazer com a família e os amigos, por exemplo.
*Precisando, procure um profissional da saúde mental! Se cuide!*