A esporotricose é uma doença emergente causada pelo S. brasilliensis, nova espécie de fungo pertencente ao gênero Sporothrix spp., porém mais virulento e mais patogênico que as demais.
Em gatos, a doença que se origina de fungos provoca feridas profundas na pele, avermelhadas e com secreções purulentas. Pode aparentar que o animal passou por briga, porém, os nódulos que surgem não involuem e o animal não se recupera sozinho.
No geral, os gatos se arranham na face e é por isso que as lesões aparecem mais nesta região.
Se as feridas não forem tratadas rapidamente, elas podem evoluir para a fase linfocutânea, que é quando se desenvolvem para úlceras com secreções na pele. Por se tornarem mais profundas, podem comprometer o sistema linfático dos gatos. Nesta fase, os fungos já se espalharam por todo o corpo e podem acometer os órgãos internos, tornando mais difícil a recuperação. O animal pode ter febre, falta de apetite e emagrecimento, apatia, problemas no sistema respiratório, além de feridas em várias partes, levando-a à morte.
ESPOROTRICOSE HUMANA
Os sintomas aparecem após a contaminação do fungo na pele. O desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose. Mas o fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa.
CONFIRMAÇÃO DO 1ª CASO AUTÓCTONE NO CEARÁ
Em 2022, foi confirmado o 1ª caso autóctone notificado no Ceará. A esporotricose em gatos se dá de forma progressiva, ficando mais grave à medida que o tempo passa e pode causar a morte do animal, além de ser transmitido para seres humanos.