No dia 28/09, comemoramos o Dia Mundial Contra a Raiva Humana. A data rememora a importância da luta contra a raiva humana e animal. Durante a semana em alusão ao dia, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) reforça a necessidade da vacinação animal, de profissionais médicos-veterinários e zootecnistas, além de ações preventivas de combate à doença.
"O CRMV-CE lembra que a raiva humana e animal é uma doença grave e que, na maioria dos casos, leva à morte. Por isso, anualmente, vacine seus animais de estimação. Caso você seja profissional médico-veterinário e zootecnista que atua na linha de frente de contato com animais com riscos da enfermidade, vacine-se. A vacinação é disponibilizada de forma gratuita", declarou o Presidente do CRMV-CE, Francisco Atualpa Soares Junior, lembrando que a melhor forma de combate à enfermidade é a prevenção.
O que é raiva humana?
A raiva também é conhecida por hidrofobia e é uma doença de caráter infeccioso que é causada por um vírus do gênero Lyssavirus. Ela é capaz de comprometer gravemente o sistema nervoso central, causando grande inchaço no cérebro e, por isso, a raiva é considerada uma doença grave, com um alto nível de letalidade.
A raiva é transmitida para o ser humano principalmete por meio da saliva de animais que estejam infectados com o vírus. Se um animal mamífero, inclusive cães e gatos, estiver infectado com a raiva e morder, lamber ou arranhar um indivíduo, ele pode acabar por desenvolver a doença.
É por isso que a vacinação contra a raiva é essencial não só para cães e gatos, como também para seres humanos que tenham contato com animais de qualquer tipo. A vacinação é a melhor forma de prevenir a difusão da raiva e os animais domésticos devem ser vacinados pelo menos uma vez por ano.
Sintomas da Raiva humana
O inchaço no cérebro e a inflamação no sistema nervoso central são as principais características da raiva e são eles que causam os sintomas da doença.
Entre os principais sintomas de raiva, podemos destacar:
– confusão mental;
– excitabilidade excessiva;
– agressividade;
– alucinações;
– espasmos musculares;
– febre;
– convulsão;
– sialorréia;
– dor onde a mordida ou lambida aconteceu;
– dificuldade de deglutiçãor;
– náuseas;
– perda de sensibilidade em um dos lados do corpo;
– ansiedade.
Como é o contágio da raiva em animais?
Os principais transmissores são os animais silvestres, como morcegos, raposas e macacos (no caso do Ceará, os saguis ou soins), que contaminam cachorros, gatos e humanos de forma acidental. O contágio ocorre por meio da troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida (saliva). Mas é importante salientar, que somente haverá a transmissão se o animal estiver contaminado com o vírus da raiva.
Como é o tratamento da raiva?
A raiva não tem cura e sua evolução é muito rápida. Entre o começo dos sintomas e o estado de paralisia, podem se passar apenas sete dias.
É por conta disso que, assim que um indivíduo é mordido, lambido ou arranhado por um animal (urbano ou silvestre) que não esteja vacinado contra a raiva, precisa tomar a vacina e realizar os procedimentos para impedir que o vírus entre em contato com seu sistema nervoso central, devendo ir imediatamente à Unidade de Saúde.
Profissionais inscritos no CRMV-CE podem se vacinar gratuitamente
A prefeitura de Fortaleza realiza vacinação antirrábica para profissionais que têm contato direto com animais domésticos ou selvagens no exercício de sua profissão. A imunização é feita nos 35 postos de saúde da capital, das 7h30 às 18h30. Aos finais de semana, duas unidades também realizam a aplicação, das 8h às 17h.
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