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Ação ocorre após estudo pioneiro que revela que seres humanos podem transmitir a enfermidade para cães e gatos



Os pets são bons companheiros em tempos de isolamento, mas é importante tomar cuidados extras no convívio com os animais durante a pandemia. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV-CE) indica como diminuir os riscos de contração de COVID-19 em animais. A ação ocorre após estudo pioneiro, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que revela que o ser humano pode transmitir o novo coronavírus para animais de estimação.

Entre as informações, orientamos que aqueles que contraíram o coronavírus evitem o contato com os pets, pois ainda há muito o que descobrir sobre os meios de transmissão deste vírus. Se o convívio é inevitável, a recomendação é usar máscara facial e não tocar nos pets (ou usar luvas), sempre que possível.

Os animais precisam receber, dentro ou fora da quarentena, cuidados especiais para que não carreguem o vírus e contaminem pessoas pelo toque. Lembrando que é essencial diferenciar 'transportar' de 'transmitir'. Ainda que não existam informações conclusivas sobre a transmissão da Covid-19 no convívio com pets.

Lave bem as mãos antes e depois de tocar nos pets

Os hábitos de higiene com os animais devem ser redobrados. É essencial lavar bem as mãos antes e depois de brincar com os animais de estimação. Antes de colocar água e comida para o pet, por exemplo, é necessário higienizar as mãos para não contaminar as tigelas. Também é importante lavar as mãos com água e sabão depois de manusear os alimentos e limpar a urina e as fezes do animal.

Evite passear em lugares movimentados

O ideal é evitar sair com os animais, o que nem sempre é possível no caso dos cães. Se não for possível restringir os passeios e interações, escolha horários e lugares em que não haja grande número de pessoas. Evite parques e pontos de encontro de pets. Por precaução, é melhor dar uma voltinha no quarteirão, em um horário de pouco movimento.

Higienize as patas do animal

Se o cãozinho só faz suas necessidades na rua, vale a pena higienizar as patas dele, antes de entrar em casa. Os especialistas recomendam essa medida de prevenção em até duas vezes ao dia.

Seja pontual no veterinário

Se precisar levar o animal ao médico-veterinário, marque um horário e assegure-se de ser atendido pontualmente, chegando cinco minutos antes. A ideia é não ficar na sala de espera junto com outros pets ou pessoas. Preste atenção também na higiene do consultório.

Banhe o seu animal

O banho é capaz de eliminar o coronavírus da pelagem do pet, em caso de contaminação, já que o vírus é sensível a xampu, sabão e outros produtos químicos. Se o animal está dentro de casa e todos estão de quarentena, basta manter a higiene de praxe. Para gatos que andam por muros, telhados e quintais, o procedimento é utilizar banho a seco, com spray veterinário.


Nada de receber lambidas

Se o animal não sair na rua e não tiver contato com outras pessoas, tudo bem brincar com ele. O mesmo vale para quem está acostumado a compartilhar camas e sofás. Mas se for um pet que dá suas voltinhas por aí, evite beijar, abraçar, receber lambidas ou compartilhar alimentos com o animal.

Em caso de contração da Covid-19, faça quarentena!

O vírus pode ficar nos pelos dos animais após o toque de uma pessoa com diagnóstico positivo e, assim, transmitir a outra pessoa saudável que toque o pet depois ou pet. Por essa razão, recomendamos que que donos infectados façam uma quarentena de convivência com seus pets por prevenção.
As Diretrizes e dicas são indicações do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-CE) / Sistema CFMV, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

Estudo da Fiocruz
Um estudo pioneiro, desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que o ser humano pode transmitir o novo coronavírus para animais de estimação. A pesquisa é uma parceria do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas e o Instituto Oswaldo Cruz. Entre maio e outubro de 2020, os cientistas avaliaram 21 pacientes e 39 animais de estimação, sendo 29 cães e 10 gatos. O levantamento apontou que, de 21 domicílios diferentes, quase a metade apresentava um ou mais animais positivos para o vírus, de 11 a 51 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas em seus tutores. Quarenta e seis por cento desses animais apresentaram sinais clínicos leves.

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