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Mudança e intensificação são as palavras que definem o cenário pós-pandemia na área da Zootecnia, de acordo com os profissionais Antônio Chaker (CRMV-PR 1549Z) e Pedro Veiga (CRMV-GO 0572Z), palestrantes do terceiro dia do Webinar sobre o tema, encerrado nesta quinta-feira (30).

O primeiro palestrante da noite, Chaker ressaltou que o zootecnista é essencial para a alimentação populacional, também deixando claro que é este profissional que mais provoca impacto no PIB da agropecuária, uma vez que ele tem um destaque na produção animal. Além disso, explicitou que “mudança” é uma palavra que sempre deve estar incluída no vocabulário do profissional da Zootecnia.

Para ele, a pandemia pode ter alterado bastante a maneira que as pessoas exercem seus trabalhos, mas que o zootecnista sempre teve um dom de transformar a produção e vidas de produtores. “É necessário que agora haja uma percepção de que o profissional deixa de ser um agente atuante direto do processo para também ser um professor, considerando que o mundo está cada vez mais colaborativo. Aprenda e fomente coisas novas. Já que a mudança é inevitável. Então, seja o agente de transformação”, aconselha o zootecnista aos colegas.

Chaker ainda afirmou que o cenário atual da produção animal se mantém estável e não foi tão prejudicado pela pandemia da COVID-19, mas que o zootecnista não pode querer produzir apenas por produzir, ele também deve ter uma motivação intrínseca, sendo um ativista com visão, coragem e competência. “Capacidade técnica não é o suficiente para o cenário de transformação, pois cada área tem exigências específicas. Mas habilidades como liderança, colaboração e criatividade serão mais relevantes daqui pra frente, incluindo a capacidade de ensinar o outro. Nós zootecnistas merecemos o título de profissionais que transformam o cenário agropecuário”, complementa.

Já Pedro Veiga foi convidado para palestrar sobre nutrição animal sob a nova perspectiva do mercado e iniciou sua fala avisando que é necessário que os profissionais saiam da zona de conforto para buscar o bem comum nesse cenário crítico mundial, que é produzir alimento e gerar renda para o Brasil. “O zootecnista cumpre esse objetivo muito bem e vemos que o mercado agropecuário segue estável no momento. Contudo, a ideia de alguns produtores rurais sobre custo mínimo é perigosa e deve ser migrada para o objetivo de maximizar lucros, o que envolve uma dedicação especial do zootecnista. O crescimento da demanda mundial por proteína animal, a exemplo da China, representa uma necessidade positiva de ampliação da produção brasileira”, comenta Veiga.

Veiga, então, apresenta a palavra “intensificação” e afirma que este é o termo que deve ser levado na pecuária moderna. Diante da apresentação de dados, o zootecnista evidencia que há uma ineficiência no sistema de cria na pecuária de corte no Brasil, resultante de um problema nutricional. “É necessário que haja um investimento em nutrição para se ter mais bezerros e, posteriormente, maior lucratividade. Ao falar de nutrição, me refiro a suplementação e produção de pasto, o que envolve diretamente a participação do profissional da Zootecnia. Ou seja, o que irá sustentar a pecuária pós-pandemia é uma pecuária bem produtiva e intensificada”, finaliza.

Webinar a Medicina Veterinária e a Zootecnia no Pós-Pandemia 

Realizado nos dias 28, 29 e 30 de julho, o Webinar a Medicina Veterinária e a Zootecnia no Pós-Pandemiacontou com palestrantes renomados das duas áreas e reuniu mais de 400 participantes, de forma virtual e gratuita, em uma iniciativa dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária dos Estados da Bahia (CRMV-BA), do Ceará (CRMV-CE), de Minas Gerais (CRMV-MG), do Pará (CRMV-PA), do Paraná (CRMV-PR), do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) e do Rio Grande do Norte (CRMV-RN).

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